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Santos Populares: história e tradições

As principais celebrações dos Santos Populares estão ligadas aos dias 13, 24 e 29 de junho, respetivamente, Dia de Santo António, de Lisboa, Dia de São João, no Porto e Dia de São Pedro, nas ruas de Sintra, Évora ou Montijo, por exemplo.

Em Lisboa, a tradição é forte com as marchas populares e os casamentos na Igreja de Santo António, sem faltar a sardinha no pão e o cheiro a manjericão. Pelo Porto, celebra-se o São João, com martelinhos e alho-porro. Em Sintra e em vários outros concelhos também pode deparar-se com as celebrações do São Pedro, com mais balões, caldo verde e vinho a acompanhar.

À semelhança do que aconteceu no ano passado, o tradicional desfile das Marchas Populares na Avenida da Liberdade vai ser cancelado, bem como os casamentos de Santo António.

Para os arraiais e demais celebrações, precaução é a palavra de ordem. Em Lisboa, estão a ser planeados alguns espetáculos, ou ar livre ou em espaços fechados, num programa que está a ser pensado pela EGEAC, empresa municipal responsável pela animação cultural na cidade.

 

Os Santos e as tradições

A história das tradições continua viva e nunca é demais relembrar como surgiram estas datas especiais, que dão tanta vida e cor às cidades portuguesas.

 

Comecemos por descobrir quem foi Santo António. Nascido em Lisboa e batizado com o nome Fernando de Bulhões, ingressou na Ordem Franciscana, adotou o nome de António e dedicou-se a pregar as escrituras, que tão bem conhecia – talvez se lembre do Sermão de Santo António aos Peixes, do Padre António Vieira, que relata muito bem a sua qualidade como pregador.

Partiu para Itália e, anos depois, acabou por falecer, a 13 de junho, data em que se celebra o Dia de Santo António, em memória deste santo que ficou conhecido como o santo de todo o mundo.

Casamenteiro por ter feito história em ajudar uma jovem moça a casar, arrecadando o dote que ela precisava, reza assim a lenda e até hoje há quem acredite que ao colocar uma imagem de Santo António de cabeça para baixo, ajude a conquistar a alma gémea.

 

E o São João…

No que diz respeito a São João, celebrado no Porto, este é João Batista, que nasceu perto de Jerusalém e é mencionado nos Evangelhos da Bíblia. Ao contrário de Santo António, o dia 24 de junho, marca a data em que João Batista nasceu, sendo o seu nascimento considerado um milagre, como é relatado no livro de Lucas, na Bíblia. Ainda que a festa seja grande no Porto, este santo não é o padroeiro da cidade Invicta, mas sim, a Nossa Senhora da Vandoma.

Apesar das comemorações serem mais conhecidas no Porto, também são realizadas em Braga, Almada, Angra do Heroísmo, nos Açores, com desfiles, marchas, carros alegóricos, danças e bailaricos.

 

Por fim, quem é São Pedro e por que é celebrado?

Pedro é apóstolo de Jesus e ficou conhecido pela igreja católica como o primeiro papa. Assim, passou a ser celebrado no dia em que se julga ser o aniversário da sua morte, o Dia de São Pedro e também o Dia do Papa. Em Portugal, a festa faz-se em várias cidades, tais como: Sintra, Évora, Póvoa de Varzim, Montijo, Castro Verde, São Pedro do Sul, Seixal, Macedo de Cavaleiros, Ribeira Grande, Felgueiras e Bombarral.

 

As tradições que não podem faltar…

Não existe uma relação direta entre os santos e as formas como são celebrados os seus dias. Há manjericos, sardinhas, martelinhos, fogueiras, bailaricos, marchas, entre outros.

 

Marchas populares

Em Lisboa, são conhecidas as grandes marchas populares, que há 82 anos desfilam oficialmente na capital. Conta-se que a primeira marcha foi promovida por Leitão de Barros, homem próximo de António Ferro, a pedido de Campos Figueira, então diretor do Parque Mayer. O principal objetivo era dar a conhecer os trajes, as músicas e provar a união dos alfacinhas na celebração do Santo António. Na primeira marcha apenas apareceram dois bairros, o que rapidamente veio a mudar e a crescer.

 

Sardinhas e manjericos

As sardinhas e os manjericos não têm nada a ver diretamente com estas datas, mas dado que os Santos Populares se celebram na primavera, esta é a altura alta para as sardinhas nos mares portugueses. Os manjericos, por serem a planta ideal para o crescimento, também, nesta altura, eram as escolhidas pelos namorados para presentear as suas donzelas, passando a ser associadas ao amor.

 

Os martelinhos de São João

Sejam pequenos ou grandes, o que importa é ter um martelinho. Estes martelos foram inicialmente criados, em 1963, por Manuel Boaventura, industrial do Porto. A ideia era ter mais um brinquedo no seu negócio, mas decidiu oferecer vários martelos azuis e brancos aos estudantes durante a semana da Queima das Fitas, em maio. Acontece que a moda pegou! Os martelinhos passaram a andar na noite de São João.

 

Outras tradições

Em todas as festas é também tradição saltar a fogueira, colocar-se quadras enquanto se oferece os manjericos, pois estas celebrações estão ligadas ao solstício de verão e a antigos rituais de fertilidade.

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