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Crianças em casa: Ecrãs ON ou OFF

A pandemia veio alterar, e de que maneira, as nossas rotinas: o uso da tecnologia não foi exceção. Se antes, havia todo um cuidado em não exceder o número de horas diárias à frente dos ecrãs, em tempo de confinamento estes foram verdadeiros aliados das famílias. Que vantagens e que perigos estão envolvidos? Vamos saber.

A tecnologia tem um conjunto de benefícios, que, como tudo na vida, depende da forma como é usado. Em tempo de confinamento, a sua utilização foi uma grande mais-valia na vida escolar das crianças, já que foi por esta via que, na maioria dos casos, as crianças tiveram acesso a aulas online, puderam aprender pela voz dos seus professores e socializar com os colegas.

Fora das aulas, o assunto muda de figura. Noutra altura, o uso da tecnologia estaria associado apenas aos jogos ou ao acesso ao Youtube. Neste tempo, o prolongamento da utilização dos ecrãs esteve ligado à continuação do estudo – fosse por causa de uma pesquisa, do acesso aos trabalhos em diferentes plataformas ou de trabalhos de grupo.

Como balizar, então, o uso das tecnologias com a existência de fronteiras tão ténues? É importante pensar na importância de estabelecer um período de tempo de utilização dos ecrãs que seja adequado à vida da criança, permitindo-lhe cumprir os seus compromissos académicos, mas também sociais e pessoais.

O ideal é que o uso das tecnologias possa ser alternado com a realização de outras atividades extracurriculares que não envolvam ecrãs, seja a leitura de um livro, a prática de uma atividade física ou artística, por exemplo.

Além disso, é importante ter presente a ideia de que de que jogar todos os dias não é uma lei, até porque facilmente o hábito se pode tornar num vício. Pensemos na equivalência ao desporto – não é aconselhável praticar todos os dias, já que os músculos também precisam de descansar.

 

EM NOME DA HARMONIA FAMILIAR

Converse com o seu filho para que, em conjunto, cheguem a um equilíbrio que possa ser saudável para todos. Tenha em conta que uma postura de rigidez extrema, numa altura em que as crianças e os jovens já estão a passar por tantas privações e inseguranças, é de evitar. A juntar a este motivo, o facto de boa parte dos pais estar em teletrabalho, não conseguindo dar aos filhos a atenção desejada, torna o uso da tecnologia numa boa parceira.

Em alguns casos, na Inglaterra, as babysitters “virtuais” foram a solução encontrada para que a mãe ou o pai pudessem trabalhar em casa enquanto outra pessoa, do lado de lá do ecrã, mantinha os filhos pequenos ocupados.

Apesar de alguns estudos mostrarem ligações entre a utilização intensiva de ecrãs, o aumento das taxas de obesidade e perturbações do sono, os especialistas concordam que este não é o momento para este tipo de preocupações. A culpa não ajuda a fazer planos e é preciso perceber quais as prioridades da família em cada momento. Gritos é tudo o que não se quer!

O que não deve ser negociável, segundo os especialistas nesta matéria, é a utilização de ecrãs na hora das refeições e antes de deitar. É fundamental que, a partir de uma determinada hora, por exemplo, 30 a 60 minutos antes de ir dormir, os ecrãs estejam desligados, para que as crianças e os jovens se aproximem da tranquilidade necessária para entrar num sono reparador. Um pouco de leitura ou um jogo em família vão colmatar esta “falta”.

 

INTERNET: CUIDADOS A TER E RISCOS ASSOCIADOS

 

Apesar dos muitos benefícios associados especificamente à Internet, a segurança de crianças e adolescentes neste mundo virtual é fonte de preocupação para famílias, escolas, comunidades, governos, entre outros. É preciso estar atento!

Uma utilização desta grande rede sem controlo parental pode trazer para casa problemas sérios e difíceis de gerir, como o ciberbullying, ou seja, o bullying em contexto digital. O conceito consiste na violência psicológica exercida a uma pessoa através, por exemplo, da criação de perfis falsos em fóruns ou redes sociais, com o objetivo de proferir comentários humilhantes sobre as vítimas, ridicularizando-as e fazendo-as sentir mal.

Esta é uma questão com a qual os pais e os professores devem ter muito cuidado e alguma perspicácia, já que a criança pode omitir este tipo de situações, mesmo sendo alvo delas, ou demorar muito tempo a partilhar o que lhe possa ter acontecido.

De acordo com a plataforma MiudosSegurosNa.Net, seguindo estes cinco passos, será mais fácil ajudar a proteger as crianças e os jovens à sua guarda, permitindo-lhes tirar o máximo partido da Internet e de outras tecnologias que potenciam o seu desenvolvimento e educação.

  1. Assuma o seu papel e responsabilidades específicas, envolvendo-se no assunto e tomando o controlo ativo sobre a situação.
  2. Aprofunde o seu conhecimento sobre os riscos associados à utilização da Internet e de outras tecnologias por crianças e jovens.
  3. Dialogue com os seus filhos, educando-os sobre os benefícios e sobre os riscos a que podem estar expostos online. Descubra, eduque e desenvolva a sensibilização para a segurança online.
  4. Envolva a sua comunidade. A segurança online de crianças e jovens começa em casa, mas também implica a participação do meio envolvente. Afinal, são inúmeros os locais a partir dos quais crianças e jovens podem aceder à Internet.
  5. Faça disto um esforço contínuo. A segurança é um processo dinâmico. Para se estar seguro, tem de se estar sempre preparado para as eventualidades.

O Projecto MiudosSegurosNa.Net ajuda famílias, escolas e comunidades a promover a utilização responsável e segura das novas tecnologias de informação e comunicação por crianças e jovens.

Recorde-se que no dia 21 de abril se assinala o Dia Nacional de Sensibilização sobre o Cyberbullying. A APAV – Apoio à Vítima tem vindo a assegurar iniciativas de caráter preventivo, informativo e formativo nesta matéria, quer no âmbito de projetos promovidos pela APAV, quer correspondendo a pedidos de escolas e associações de pais e de estudantes.

Como os efeitos negativos da violência em ambiente digital são realmente preocupantes, a APAV lembra que nunca é demais acautelar para uma maior ponderação e sensibilização sobre este fenómeno, aproveitando para recordar a importância de todos favorecermos relações saudáveis entre pares.

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Também a Direção-Geral da Educação desenvolve um conjunto de iniciativas e de recursos de prevenção e combate ao Bullying e ao Ciberbullying no âmbito do Centro de Sensibilização SeguraNet e da Equipa de Educação para a Saúde.

Pesquise sobre o tema e mantenha-se o mais possível informado. Troque impressões com outros pais e aumente a sua bagagem de ferramentas para proteger os seus filhos de experiências que os podem marcar para o resto da vida.

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